Volkswagen 1600 TL: O carro antigo que virou lenda nos EUA

  • Por Dilson
  • 17/10/2025
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A velha guarda quando agente fala de cum antigo das estrada. Hoje vem com agente vamos viajar na historia do icone Volkswagen 1600 TL.

Sua fabricação que surgiu em São Bernardo do Campo, foi o marco da montadora Volkswagen do Brasil nos anos 1970. O tempo passou e agora, virou objeto de desejo em leilões e garagens de colecionadores nos Estados Unidos.

Na época o carro foi o símbolo de uma época em que a engenharia nacional precisava se reinventar para atender um mercado fechado e exigente.

E hoje, com sua carroceria fastback e alma refrigerada a ar, ele reaparece como uma raridade que chama atenção até de quem nunca ouviu falar do famoso “Zé do Caixão”.

O nascimento do TL: marco histórica da Volkswagen do Brasil

Diferença entre a Volkswagen na Alemanha lançava a linha Type 3 com design europeu e suspensão independente, e fabrica brasileira resolveu seguir um caminho próprio.

Em 1968 nasceu o Volkswagen 1600, apelidado de “Zé do Caixão” por causa de suas linhas retas e frente quadrada. Dois anos depois, em 1970, surgia o 1600 TL, uma versão fastback mais esportiva e moderna, pensada para conquistar o público jovem e urbano.

A sigla “TL” vem de Touren-Limousine, termo alemão que significa “sedã de turismo”. E de fato, o carro oferecia mais conforto, estilo e desempenho que o Fusca — mantendo a mesma robustez mecânica.

Motor feito por engenharia à brasileira

Debaixo da tampa traseira estava o tradicional motor boxer de 1.584 cm³, refrigerado a ar, o mesmo utilizado em outros modelos da Volkswagen da época.
Com 51 cavalos de potência e câmbio manual de 4 marchas, o TL entregava desempenho suficiente para sua proposta: um carro familiar com um toque de esportividade.

Mas o que tornava o TL especial não era apenas o motor. Sua carroceria exclusiva, desenhada e produzida no Brasil, dava um visual diferente de qualquer outro VW no mundo.
A suspensão traseira de eixo oscilante (swing axle) e a dianteira com barra de torção mostravam uma adaptação inteligente ao custo e às estradas brasileiras.

Design marcante e interior simples, mas funcional

O Volkswagen 1600 TL chamava atenção pelo visual limpo, com faróis duplos (ou quádruplos, em algumas versões exportadas), para-choques cromados e traseira inclinada.
No interior, o painel era simples, mas funcional: velocímetro de até 160 km/h, marcador de combustível e relógio analógico. Nada de luxo exagerado — apenas o essencial, no melhor estilo alemão tropicalizado.

Os bancos dianteiros tipo bucket, o volante de dois raios com o brasão de São Bernardo e os tapetes de borracha completavam o pacote de um carro que misturava praticidade com charme retrô.

Do Brasil para o mundo: um ícone redescoberto

Décadas após o fim da produção, um Volkswagen 1600 TL brasileiro de 1974 foi destaque em sites internacionais como o Silodrome e o Bring a Trailer, ao aparecer em leilões na Califórnia.
Com pintura laranja vibrante e rodas EMPI de 15 polegadas, o carro mostrou ao público estrangeiro uma face pouco conhecida da história da Volkswagen.

Para os americanos, acostumados aos Type 3 europeus, ver um TL “Made in Brazil” é como descobrir um primo perdido da família VW.
A curiosidade se deve ao fato de o modelo nacional ter sido completamente diferente — desde o design até a engenharia — mesmo mantendo o mesmo nome e conceito.

Curiosidades entre o Type 3 europeu e o brasileiro

Enquanto na Europa o Type 3 tinha versões como Notchback, Squareback e Fastback, no Brasil os engenheiros criaram variações próprias: o sedã 1600, o TL e a Variant. O carro era projetado para ter longa duração de sucesso.

Outra diferença marcante estava na suspensão: o modelo europeu adotou sistema IRS (Independent Rear Suspension), enquanto o brasileiro manteve o eixo oscilante para reduzir custos e simplificar reparos.
Essas escolhas tornaram o TL um carro com comportamento único, mais rústico, mas extremamente resistente.

Quando chegou ao fim? E o nascimento da Brasília

A produção do TL chegou ao fim em 1977, dando lugar a outro ícone nacional: o Volkswagen Brasília.
Embora tenha saído de linha, o TL deixou um legado importante.

Ele ajudou a consolidar a autonomia da engenharia brasileira dentro da Volkswagen e abriu caminho para projetos 100% nacionais.

Hoje, encontrar um TL original é um privilégio de poucos. Com o tempo, tornou-se peça de colecionador e símbolo da criatividade automotiva nacional dos anos 70.

TL ainda encanta colecionadores

Mesmo com desempenho modesto, o 1600 TL reúne três ingredientes que o tornam irresistível aos entusiastas:

  1. Design exclusivo que mistura elegância e simplicidade.

  2. Mecânica confiável e fácil de restaurar.

  3. Raridade fora do Brasil, especialmente em países como os EUA.

Além disso, sua ligação com o Fusca e a Variant o coloca como peça importante na linhagem de carros refrigerados a ar da Volkswagen — um universo de fãs apaixonados espalhados pelo mundo.

Encantador ‘Zé do Caixão’ que virou estrela internacional

O apelido curioso, que começou como uma brincadeira por causa do design “sério” e “quadrado”, hoje carrega um toque de nostalgia.
O Volkswagen 1600 TL, outrora um carro comum nas ruas brasileiras, agora é uma joia rara que representa a genialidade da indústria nacional.

Nos EUA e na Europa, ele é visto como um exemplar exótico — uma versão alternativa da história da Volkswagen que poucos conhecem.
E é exatamente isso que faz o TL continuar fascinando: ele é a prova de que a criatividade brasileira pode transformar até um simples carro familiar em uma lenda sobre rodas.

 Símbolo antigo do carro

O Volkswagen 1600 TL é muito mais que um carro antigo. É uma peça viva da história automotiva brasileira, um projeto ousado que cruzou fronteiras e ganhou status de ícone cult.

Seja pelo design inconfundível, pela mecânica robusta ou pela aura nostálgica, o TL conquistou um lugar especial na memória de quem ama carros clássicos — e agora, também nas estradas americanas.

Sobre o Autor: Dilson

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